domingo, 21 de outubro de 2018

Mamíferos:

Introdução:

Os mamíferos são animais vertebrados pertencentes ao Domínio Eukaryota, Reino Animalia, Filo Chordata, Sub-filo Vertebrata e Classe Mammalia.

Estima-se que existam mais de 5 mil espécies de mamíferos, encontrados em quase todos os biomas do planeta. Eles são animais terrestres, aquáticos e voadores, como os morcegos.
Exemplos de animais mamíferos

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Características dos mamíferos


Conheça as principais características dos mamíferos:
Habitats

Os mamíferos são seres altamente adaptáveis e podem ser encontrados por todo planeta.

Isso ocorre porque muitos mamíferos vivem em sociedades e dedicam cuidado aos seus filhotes até o momento em que se tornam independentes.

Além disso, muitos mamíferos foram domesticados pelo homem e hoje convivem com os mesmos.

Aspectos corporais

Alguns mamíferos possuem o corpo coberto por pelos
Os mamíferos se caracterizam pela presença de pelos pelo corpo e de glândulas mamárias nas fêmeas.
A quantidade de pelos no corpo varia de espécie para espécie. As baleias, por exemplo, apresentam pouquíssimos pelos ao redor do focinho, sendo a pele predominantemente lisa.

O pelo funciona como um isolante dificultando a dissipação do calor da superfície da pele para o ambiente. Essa característica permite que a temperatura corporal dos mamíferos se mantenha constante.

Eles ainda mantém a sua temperatura corporal constante graças à sua pele, a qual é formada por duas camadas principais (epiderme e derme), onde se encontram glândulas sebáceas e sudoríparas que auxiliam a regular a temperatura.

O seu corpo é sustentado por um endosqueleto totalmente ossificado com cabeça tronco e quatro patas (exceto cetáceos) com até 5 dedos, em espécies quadrúpedes (a maioria) e outras bípedes, (cangurus e homem).

Alimentação

Os mamíferos apresentam uma variedade de modos de alimentação. A presença dos dentes contribui para que possam explorar diversos tipos de alimentos.

Conforme o tipo de alimentação os mamíferos são classificados em:

Carnívoros: Possuem dentes caninos bem desenvolvidos e sua dieta se baseia no consumo de proteína e lipídios. Exemplos: raposa, cães, onças e leões.

Herbívoros: Possuem dentes caninos rudimentares ou ausentes e os molares bem desenvolvidos. Alimentam-se de vegetais e apresentam adaptações para a digestão de celulose. Exemplos: hipopótamo, girafa, boi, canguru e zebra.

Onívoros: Apresentam a dieta mais diversificada, alimentando-se de fontes animais e vegetais. Exemplos: urso, primatas e porcos.

Sistema Respiratório e Circulatório

O tronco dos mamíferos exibe costelas acopladas ao esterno, formando uma caixa torácica que lhes confere os movimentos respiratórios devido à presença do músculo diafragma.

A respiração dos mamíferos é exclusivamente pulmonar, ou seja, ocorre através dos pulmões. Isso ocorre mesmo com os mamíferos aquáticos.

O sistema circulatório é fechado, incluindo o coração com quatro câmaras. Além disso, não há mistura entre o sangue venoso e arterial.

Sistema Nervoso

O sistema nervoso dos mamíferos é altamente complexo e o mais avançado dentre todos os vertebrados.

Ademais, o cérebro dos mamíferos é proporcionalmente maior que dos outros animais, permitindo uma inteligência maior.

Reprodução

Os filhotes são alimentados com leite materno produzido pelas glândulas mamárias

Nos mamíferos os sexos são separados, ou seja, existem machos e fêmeas. Assim, a reprodução é sexuada.

Grande parte dos mamíferos apresentam períodos de reprodução definidos, ou seja, épocas que favorecem a origem de filhotes.

A fecundação dos mamíferos é interna. Após o nascimento, os filhotes recebem o leite materno originado das glândulas mamárias das mães.

O tempo de gestação e a quantidade de filhotes originados a cada ciclo reprodutivo varia conforme a espécie. Por exemplos, os gambás podem originar até 13 filhotes em uma única ninhada.

Classificação dos mamíferos

Os mamíferos são subdivididos em vários grupos, conforme algumas de suas características.

1. Ambiente em que vivem:

Os mamíferos são classificados em aquáticos e terrestres.

São exemplos de mamíferos aquáticos: baleia orca, peixe-boi, golfinho, boto, leão-marinho, lontra e foca.

São exemplos de mamíferos terrestres: ser humano, cachorros, girafa, leão, tigre, macaco, boi, urso, tamanduá, raposa, gato, onça, camelo, ovelha, jaguatirica.

Existem ainda os morcegos que são animais mamíferos aéreos. O urso polar também é um mamífero, porém com habilidade de natação.

2. Padrões reprodutivos:


Os mamíferos se diferenciam também pela forma como ocorre o desenvolvimento da gestação.

Existem os mamíferos placentários, em que toda a gestação se desenvolve no interior do corpo da mãe. E os marsupiais, que parte da gestação é no interior do corpo materno e após isso, o filhote se desenvolve no interior de uma bolsa chamada de marsúpio.

Ainda existem os mamíferos que colocam ovos, conhecidos como monotremados. Porém, o ovo permanece por um bom tempo dentro do corpo materno, onde recebe os nutrientes necessários ao seu desenvolvimento. Um exemplo de monotremado é o ornitorrinco.O ornitorrinco é um exemplo de mamífero que põe ovos

Aves:

Introdução:

As aves são animais vertebrados, de sangue quente (homeotérmicos), que possuem o corpo revestido de penas.

Com cerca de 9000 espécies conhecidas, elas ocupam vários tipos de ambientes e, de maneira geral, dominam o ar.

Temperatura corporal

Aves são animais de sangue quente, também chamados homeotérmicos ou endotérmicos, por sua capacidade de manter a temperatura corporal constante. Para isso, elas apresentam um metabolismo elevado, necessitando de muita energia.


Penas

As penas são uma característica exclusiva das aves. Elas permitem o voo, são isolantes térmicos (importante para a homeotermia) e funcionam para a camuflagem e como atrativo sexual. Habitualmente, é o macho que possui uma plumagem exuberante, como o pavão.

Voo

O voo é uma importante adaptação das aves, que lhes permite:

Habitar diversos ambientes;

Fugir dos predadores;

Buscar novas fontes de alimentos;

Aumentar o campo visual;

Realizar migrações quando as condições ambientais se tornam desfavoráveis, como no período de inverno.

A capacidade de voar que as aves apresentam, podem ser divididas em carinatas e ratitas.

As carinatas são aves que apresentam uma quilha no osso esterno, chamada carena. Possuem músculos peitorais desenvolvidos que são responsáveis pelo batimento das asas.

Muitas podem voar, outras fazem apenas voos curtos, como a galinha. Algumas aves como os pinguins, sofreram modificações em suas asas, que as tornaram aptas apenas para a natação.

As ratitas são aves que não apresentam carena no esterno, e são incapazes de voar, como a ema e o avestruz.

Pele e Glândula uropigial

A pele das aves é queratinizada, seca e impermeável. Algumas possuem glândulas uropigianas,situadas sobre a região posterior do corpo, acima da cauda, que auxiliam na hidratação da pele ao secretar um óleo.

Os patos, por exemplo, viram a cabeça até a cauda e esfregam o bico no restante do corpo, impermeabilizando as penas antes de entrarem nas lagoas, o que facilita a sua flutuação.

Canto

Outra característica das aves é o canto, gerado por um órgão fonador, que é a siringe. O canto pode servir como elemento de comunicação, envolvendo atração sexual, advertência, demarcação de território, dentre outros.

A participação das aves na cadeia alimentar auxilia a controlar populações de insetos e roedores.
Anatomia e Fisiologia das AvesPrincipais órgãos da galinha


Sistema respiratório das aves

A respiração das aves é realizada pelos pulmões, que não possuem alvéolos, são formados por vários para-bronquíolos, onde ocorrem as trocas gasosas.

Além disso, os pulmões se interligam por projeções chamadas sacos aéreos, que passam por todo corpo do animal, inclusive no interior dos ossos.
Sistema Digestório das Aves

Sistema digestório das aves

As aves têm bico rígido e devido a ausência de dentes, o alimento não passa por trituração na boca.

O tubo digestivo apresenta algumas adaptações, como presença de papo e de moela(onde o alimento fica um tempo sendo amolecido - papo - e é triturado - moela).

Após passar pelo intestino, as fezes são eliminadas pela cloaca, que faz parte tanto do sistema digestório, quanto do reprodutivo.
Sistema Reprodutivo das AvesSistema reprodutor das aves

As aves são animais ovíparos, ou seja, produzem ovos. A casca é formada por carbonato de cálcio e por ser porosa permite a troca gasosa entre o embrião e o ambiente. A cloaca é o órgão responsável pela postura dos ovos.

A fecundação é interna e ocorre antes que o óvulo seja revestido pela casca calcária. No interior do ovo, há membranas protetoras e reservas alimentares na forma de gema e clara.

Sistema circulatório das aves

O sistema circulatório das aves apresenta um coração com quatro câmaras: dois átrios e dois ventrículos.
Funciona como duas bombas distintas, onde as câmaras direitas impulsionam sangue não oxigenado e as da esquerda, sangue oxigenado.
Sistema Nervoso das Aves Estrutura ocular das aves

O cérebro das aves é responsável pela coordenação e pelo equilíbrio sendo bastante volumoso, o que permite a movimentação em três dimensões durante o voo.

Possuem geralmente a visão bastante desenvolvida. Aves marinhas, por exemplo, conseguem ver dentro e fora da água. Aves de rapina são capazes de detectar presas através de sua sensibilidade à luz ultravioleta.

Répteis:


Introdução:



Os répteis são animais vertebrados que pertencem ao Reino Animalia, Filo Chordata e Classe Reptilia. Na história evolutiva, os répteis foram os primeiros animais vertebrados a conquistarem o ambiente terrestre.

São exemplos de répteis: tartaruga, jabuti, cágado, cobra, serpente, jacaré, crocodilo, camaleão, iguana e lagarto.




Características gerais:


O corpo dos répteis é formado por cabeça, pescoço, tronco e cauda.

Eles possuem dois pares de membros locomotores, cada um com cinco dedos acabados em garras e pernas reduzidas em alguns lagartos, mas ausentes em outros, como as cobras.

Eles podem ser animais rastejantes ou nadadores, como as tartarugas marinhas que possuem patas em forma de remos.
A pele é ressecada e resistente, coberta por escamas de origem epidérmica, o que a torna queratinizada e praticamente impermeável.

Porém, alguns animais, como as tartarugas e jabutis, também podem apresentar placas ósseas de origem dérmica.








Temperatura corporal

Os répteis são animais pecilotérmicos, ou seja, são incapazes de manter a sua temperatura corporal constante. Assim, eles necessitam do calor do ambiente para regulação da temperatura corporal.

Essa condição limita sua localização dos seus habitats aos trópicos e subtrópicos do planeta, onde as temperaturas favorecem o seu metabolismo. Por isso, não encontramos répteis na Antártica.


Reprodução



A maior parte dos répteis são ovíparos. Apenas algumas cobras e lagartos são ovovivíparas.

Apresentam fecundação interna, onde o macho introduz os espermatozoides no interior do corpo da fêmea.

O desenvolvimento do embrião ocorre dentro dos ovos, os quais são revestidos por cascas córneas ou calcárias.

Essa característica protege o embrião da dessecação, importante para a conquista do ambiente terrestre.

O ovo apresenta os seguintes anexos embrionários: âmnio, cório, saco vitelino e alantoide.

Quando os filhotes nascem assemelham-se aos adultos, pois o desenvolvimento é direto.


Sistema digestório e alimentação

O sistema digestório é completo. Eles apresentam boca, faringe, esôfago, estômago, intestino e cloaca. Além disso, possuem fígado e pâncreas.

A maioria dos répteis são carnívoros. Algumas poucas espécies são herbívoras e onívoras.

Alguns répteis, como o jacaré e a matamatá, são animais predadores e ocupam o topo da cadeia alimentar.


Sistema Circulatório
A circulação é fechada, dupla e completa.

O coração de serpentes e tartarugas apresenta dois átrios e um ventrículo incompletamente separado. Enquanto os crocodilianos apresenta dois átrios e dois ventrículos bem definidos.


Sistema Respiratório

Os répteis apresentam respiração pulmonar. Os pulmões apresentam alvéolos pulmonares tornando eficiente as trocas gasosas.

Anfíbios:


Introdução:

Anfíbios são animais vertebrados que vivem entre o meio aquático e o ambiente terrestre. Mantêm uma forte vinculação com a água e dela não se afastam, pois precisam manter a pele úmida. A fecundação geralmente é externa e ocorre na água.


Principais características:



Os anfíbios vivem em água doce, entretanto há duas exceções: a rã comedora de caranguejos, que vive em ambiente marinho, e a rã-aguadeira, do Deserto Australiano. As principais características são:

Pulmões onde ocorrem trocas gasosas;

Pele permeável, que também executam trocas gasosas;

Coração, com dois átrios e um ventrículo, aumentando a eficiência de transporte de sangue;

Tímpano, uma membrana que vibra com o som e remete estímulos para as estruturas nervosas do ouvido;

Pálpebras que protegem os olhos e realizam sua limpeza;

Patas bem definidas.


Classes:



Anuros

Quando adultos, possuem patas e não apresentam cauda: sapos, rãs e pererecas.
Anfíbios

Urodelos

Possuem corpo alongado, patas laterais e uma longa cauda: salamandras e tritões.

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Ápodes

Têm corpo cilíndrico e não possuem patas. As cobras-cegas, vivem enterradas no solo e são mais ativas à noite. Com olhos bem reduzidos. Lembram grandes minhocas, mas possuem osso e cabeça bem delimitada.
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Digestão

A digestão dos anfíbios é processada no estômago e no intestino. Embora possam ter duas fileiras de dentes, os anfíbios não mastigam suas presas. A língua bem desenvolvida é usada na captura de insetos, que é envolto em um muco que o lubrifica, facilitando sua passagem no tubo digestivo.


Pele

A pele dos anfíbios é lisa, vascularizada e permeável. Os anfíbios não ingerem água, ela é obtida através da pele, que também executa a troca gasosa entre o sangue e o ar. É rica em glândulas e está sempre úmida. Os sapos possuem um par de glândulas chamadas paratóides, que contêm veneno e constituem defesa contra os predadores.


Respiração

A respiração nos anfíbios adultos ocorre por meio de três estruturas: os pulmões, a pele e na mucosa da boca e da faringe. Os pulmões são formados por dois sacos, sem divisão interna. As narinas abrem-se na cavidade da boca. Enquanto estão na fase larval, aquática, respiram por meio de brânquias.


Reprodução

A reprodução é sexuada, geralmente com fecundação externa, onde a fêmea elimina os óvulos na água e o macho despeja os espermatozoides sobre eles. Os embriões se desenvolvem em forma de larvas, que passam pela metamorfose, originando os adultos.

Peixes:


Introdução: 

Os peixes representam a maior classe em número de espécies conhecidas entre os vertebrados. Acredita-se que os peixes tenham surgido por volta de 45 milhões de anos atrás.

Características gerais:

Características que favorecem a vida na água

Os peixes apresentam várias características que favorecem o desempenho de suas atividades no ambiente em que vivem. Entre elas, destacam-se:

Corpo com formato, em geral, hidrodinâmico, isto é, achatado lateralmente e alongado, o que favorece seu deslocamento na água;

Presença de nadadeiras, estruturas de locomoção que, quanto à localização, podem ser peitorais, ventrais, dorsais, caudais e anais;

Corpo geralmente recoberto por escamas lisas, cuja organização diminui o atrito com a água enquanto o animal se desloca; além disso , a pele é dotada de glândulas produtoras de muco, o que também contribui para diminuir o atrito com a água;

Musculatura do tronco segmentada, o que permite a realização de movimentos ondulatórios.


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Classificação dos peixes


Ósseos – são todos os peixes que possuem vértebras bem formadas e membros mantidos por raios divergentes (hastes ósseas que servem de esqueleto às nadadeiras). Divide-se em dois grupos principais: os peixes de barbatana lisa e os de barbatana espinhosa. Entre eles estão o atum, a sardinha, o bacalhau, a garoupa, o dourado, o peixe espada, cavalo-marinho, etc.

Cartilaginosos – são os peixes que não possuem ossos, apenas cartilagens que dão sustentação ao corpo. Entre eles estão os tubarões e as arraias.


Reprodução dos peixes

A reprodução dos peixes, em sua maioria se da pela desova. A fêmea libera os óvulos em águas calmas e, em seguida o macho lança sobre eles os espermatozoides. Estes ovos ficam agrupados formando uma espécie de gelatina. Muitos deles são devorados por outros peixes, uma pequena parte se desenvolverem e se transformarem em alevinos.

Em outros peixes os filhotes se desenvolvem dentro do corpo da mãe, recebendo diretamente dela todos os nutrientes.



Respiração dos peixes
Para respirar os peixes dispõem de órgãos especiais chamados brânquias “guelras”, que são em geral quatro pares, dois em cada lado da cabeça. São protegidas por uma membrana (o opérculo), que se abre e fecha regularmente. Estão ligadas às paredes laterais da faringe.

Uma corrente contínua de água que entra pela boca banha as brânquias por frações de segundo, enquanto o opérculo se mantém preso ao tronco, fechando a passagem para a faringe. Em seguida, a boca se fecha e o opérculo abre, permitindo a saída da água para o meio exterior. As trocas entre o oxigênio e o gás carbônico acontecem durante a permanência da água em contato com as brânquias.



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sexta-feira, 20 de julho de 2018

Equinodermos

Introdução

Os equinodermos (filo Echinodermata) são animais invertebrados e exclusivamente marinhos.
O seu corpo é organizado, geralmente, em cinco partes simétricas que se distribuem na forma dos raios de uma circunferência.





Características Gerais

Os equinodermos são triblásticos, celomados e deuterostômios. Durante a fase larval apresentam simetria bilateral e na fase adulta, a simetria é radial.
Os animais equinodermos apresentam uma grande diversidade de formas, tamanhos e modos de vida.

São animais de vida livre e isolados, poucas espécies vivem fixas a um substrato. Um exemplo de equinodermo séssil é o lírio-do-mar.

Lírio-do-mar, um equinodermo séssil

Quase todos os sistemas de um equinodermo, como o digestivo, o nervoso e o reprodutor, ficam dentro do esqueleto calcário. Esse é recoberto por uma fina camada de epiderme.

Algumas espécies podem apresentar espinhos na superfície do corpo.

Sistema circulatório e excretor

O sistema circulatório ocorre através do sistema aquífero ou ambulacrário.Ele realiza a circulação de água dentro do corpo, permitindo o transporte de substâncias e a locomoção.

Ao mesmo tempo, também permite a excreção, pois carrega as substâncias que precisam ser eliminadas do corpo.

Os equinodermos locomovem-se através dos pés ambulacrais, que são projeções do sistema ambulacrário, algumas vezes com ventosas nas extremidades.

O sistema conta com uma placa madrepórica, através da qual a água do mar entra no corpo do animal.

Com a entrada de água, os canais das ampolas do sistema ambulacrário se contraem e levam a água até o pé que se alonga e fixa-se ao substrato. Nesse momento, as ventosas auxiliam na fixação.

Para deixar o substrato, a água retorna para as ampolas e relaxa a musculatura do pé, permitindo que se solte.



Anatomia da estrela-do-mar e os pés ambulacrários

Sistema respiratório

A respiração dos equinodermos ocorre através das brânquias que ficam próximas à boca. O sistema ambulacrário também contribui com a respiração, através de difusão.

Sistema digestório

Os equinodermos apresentam sistema digestório completo com boca, esôfago, intestino e ânus. O estômago é encontrado apenas em equinodermos carnívoros.

A maioria das espécies alimentam-se de algas marinhas. Para isso, contam com a lanterna de Aristóteles, que consiste em um aparelho bucal que raspa o alimento.

As espécies carnívoras, como a estrela-do-mar, alimentam-se de pequenos animais. Nesse caso, a digestão ocorre fora do corpo.

A estrela-do-mar projeta o seu estômago e enzimas digestivas sobre o alimento, que começa a ser digerido. Somente depois, ele é conduzido para o interior do seu corpo, de modo a finalizar a digestão.

Reprodução

A reprodução é sexuada. Os equinodermos são, em sua maioria, animais dióicos.
A fecundação externa ocorre através dos orifícios das placas genitais, de onde os gametas saem para a água.

Os zigotos formados geram larvas, que nadam durante algum tempo, fixando-se a um substrato e, por meio de metamorfose, originam os adultos. Por isso, o desenvolvimento é indireto.

Classificação dos Equinodermos

Estima-se que existam 7.000 espécies de equinodermos divididas em cinco classes:

Asteroides

Estrela-do-mar

O representante típico do grupo é a estrela-do-mar possui cinco braços dispostos como raios. Algumas chegam a ter quarenta braços.

Na parte em contato com o substrato, os braços são formados por duas fileiras de pés ambulacrários, que permitem a movimentação e fixação.

Na extremidade de cada braço se encontram olhos rudimentares, que permitem localizar suas presas, como anelídeos, crustáceos e ostras.

As estrelas do mar podem realizar autotomia, ou seja, a recuperação de um braço perdido. Além de que a regeneração de um braço cortado pode formar uma nova estrela do mar.

Ofiuroides

Serpente do mar

Um exemplo é a serpente do mar que possui um disco central do qual partem cinco braços dotados de movimentos ondulantes, que facilitam o deslocamento.

A serpente do mar tem a boca na parte inferior, que fica em contato com o substrato, enquanto o ânus se localiza na face oposta.

Seu alimento é constituído por moluscos, pequenos crustáceos e detritos sedimentares do fundo do mar.

Crinoides

Lírio do mar

Um representante do grupo do crinoides é o lírio do mar. Ele possui uma base presa a um substrato, de onde saem cinco braços ramificados que dão ao animal o aspecto de planta.

Utiliza como alimento os detritos que permanentemente caem em seus braços, que são cobertos por prolongamentos capazes de levar as partículas até a sua boca.

Holoturoides

Pepino do mar

O pepino do mar ou holotúria tem o corpo cilíndrico, dotado de minúsculas placas não unidas, que lhe dão uma consistência menos rígida.

A maioria tem entre 5 e 30 cm, com alguns exemplares podendo chegar a dois metros de comprimento.

Quando atacado, pode eliminar parte de suas vísceras, como o intestino e as gônadas. O predador distraído permite a fuga do pepino do mar, que depois de um tempo tem suas partes regeneradas.

Equinoides

Ouriço do mar

Um representante desse grupo é o ouriço do mar ou pindá. Ele apresenta corpo recoberto por espinhos venenosos, móveis, que são usados para seu deslocamento.

Junto à boca, ele possui uma armação de cinco dentes chamada lanterna de Aristóteles. Com isso, ele raspa as rochas em busca de algas, formando buracos onde esses animais se alojam.

Apesar dos espinhos pode ser atacado por diversos predadores como peixes, estrela do mar e caranguejos.

Bolacha da praia

Outro representante do grupo dos equinoides é a bolacha da praia ou corrupio. O animal possui o corpo achatado, como um disco, apresentando na região dorsal o desenho de uma estrela.

Esse animal enterra-se superficialmente na areia, onde obtém alimento constituído por partículas orgânicas.


Artrópodes


Artrópodes (filo Arthropoda) são animais dotados de patas articuladas e que possuem esqueleto externo (exoesqueleto) nitidamente segmentado. Entre eles, besouros, borboletas, aranhas, camarão, centopeia e piolho de cobra.


Características Gerais
Todos os artrópodes possuem o corpo dotado de vários segmentos e apêndices articulados, como patas e antenas, que possibilita movimentos. Essa é a sua característica diagnóstica (identifica e diferencia os artrópodes dos outros) e que dá o nome ao grupo, do grego arthros: articulação e podos:pés.

Além disso, esses invertebrados tem o exoesqueleto que confere rigidez (permite sustentar o corpo) e impermeabilidade (tem uma camada de cera em sua superfície, o que lhe permite viver em locais secos). O exoesqueleto é constituído de quitina, um polissacarídio nitrogenado​, e nos crustáceos recebe deposições de carbonato de cálcio, tornando-se ainda mais resistente.

Possuem corpo dividido em cefalotórax e abdome (crustáceos e quelicerados) ou em cabeça, tórax e abdome (insetos e miriápodes), de acordo com o grupo.
Anatomia e Fisiologia
O sistema digestório é completo (boca e ânus), com peças bucais (mandíbulas, quelíceras, entre outras) adaptadas à alimentação, tubo digestório com regiões diferenciadas e glândulas acessórias. A digestão é extracelular;

O sistema circulatório é aberto (lacunar), com um coração dorsal que bombeia a hemolinfa (líquido sanguíneo) por espaços dentro do corpo;

O sistema respiratório está presente e varia de acordo com o grupo: nos crustáceos é feita por brânquias realizando as trocas gasosas entre a água e a hemolinfa, nos insetos é por traqueias, que levam o ar direto aos tecidos e nos aracnídeos por filotraqueias;

O sistema nervoso é constituído por um par de gânglios cerebrais e um cordão nervoso ventral com pares de gânglios distribuídos por segmento;

O sistema excretor nos insetos é constituído pelos túbulos de Malpighi, nos crustáceos por glândulas antenais (glândulas verdes) e nos aracnídeos além dos túbulos de Malpighi há glândulas coxais;

O sistema sensorial dos artrópodes é bem desenvolvido, todos possuem pelos quimiorreceptores no corpo com função táctil, as antenas também tem função táctil e os insetos e crustáceos possuem olhos compostos;

A reprodução é sexuada (com presença de gametas) e a maioria dos artrópodes é dioica (sexos separados). Em geral, nos crustáceos a fecundação é externa e o desenvolvimento pode ser direto ou indireto com vários estágios larvais, nos insetos e aracnídeos a fecundação é interna, sendo que nos insetos o desenvolvimento pode ser direto ou indireto com ocorrência de metamorfose completa ou gradual.


Classificação dos Artrópodes

Dependendo da classificação adotada, o filo Arthropoda pode ser dividido em categorias que reúnem os animais segundo características anatômicas como números de patas e antenas. Atualmente, se utiliza também informações genéticas e de parentesco evolutivo, sendo os artrópodes divididos em 3 subfilos: 

Crustacea (separa os crustáceos em classes)

 Chelicerata (classe dos aracnídeos)

Hexapoda ​(classe dos insetos) 

 Myriapoda (classe dos diplópodes e dos quilópodes). 

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Veja a seguir esses grupos:

Hexápodes – a principal classe desse subfilo é a dos insetos, grupo com maior diversidade entre os animais, que possui cerca de 900 mil espécies. Possuem 3 pares de patas e 2 pares de antenas, além de 1 ou 2 pares de asas. Exemplos:abelha, mariposa, gafanhoto, pulga, traça, barbeiro, mosquito;

Quelicerados – a classe dos aracnídeos é composta de animais com 4 pares de patas e sem antenas, no lugar de mandíbulas possuem quelíceras e palpos, sendo assim chamados quelicerados,entre eles, Exemplos: aranha, carrapato, escorpião, ácaro;

Crustáceos – o subfilo é dividido em muitas classes, como a malacostraca, entre eles, camarão, lagosta e caranguejo e a cirripedia, das cracas. São animais marinhos, na sua maioria, e possuem geralmente 5 pares de patas e 2 pares de antenas;

Miriápodes – esse grupo é constituído de animais com muitas patas, sendo mais conhecidas a classe dos diplópodes, entre eles, piolho de cobra ou embuá (animais que têm entre 25 e 100 patas, sendo duas por segmento), e dos quilópodes (entre 15 e 170 patas ), entre eles, a lacraia ou centopeia.